sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sem primavera...


É duro estar só...
Na madrugada fria...
Sem saber o que escrever...

A angustia filosofada...
Sentida sem saber o porque...

Olho pro céu...
A lua ilumina o mundo...
E a alma...

Não saber o que fazer...
Não conhecer os pensamentos...
Trair meu orgulho...
Pra manter o amor...

Você não vai ler isso...
E nem sentir meus sentimentos...

Enquanto as bruxas me perseguem...
Você questiona...
O rebelde que te ama...

O que escrevo sem rumo...
Sai da alma dos poetas...

Não é de mim...
É por mim...

Meu amor...
A culpa da Psiquê...
De não ocupar seu amante...

Flechas...
Que atiradas ao vento...
Acertam corações racionais...

Não seria normal...
Esconder que elas ferem...

Se são flechas de amor...
Aquilo que nasce com uma ferida...
Teria como não ser sofrimento???

Estou perdido...
Em versos perdidos...
Em mente inquieta...

Logo nascerá...
O dia ensolarado...

O sol com certeza...
Aparecerá...

E as angustias???

Como explicar tudo isso???

Amor e solidão...
Desejo e sofrimento...

A madrugada fria...
Um coração...
Cheio de nada...

Céu sem sol..
Noite sem lua...
Oceano sem água...

Eu sem você...
Vida sem luz...
Flores sem primavera...

Mas...
O sol vai nascer...
O pulmão com ar...
O pulso pulsando...

E os ipês...
Florescem no outono...

By Meier

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